Deuses Indianos e outras divindades
Ganesha
Ganesha
significa “Senhor
de Todos os Seres”. É filho do Senhor Shiva, a
“Realidade
Suprema”, e de Parvati, a “Mãe do
Cosmos”. Seus sinais sobre a testa representam as três dimensões: a
região inferior, a Terra e o Paraíso. Suas orelhas simbolizam a grande sapiência
da educação espiritual. Seus olhos enxergam além da dualidade, o espírito de
Deus em cada um. Sua tromba indica capacidade intelectiva. Suas presas
representam os mundos material e espiritual, negativo e positivo, Yin e Yang,
forte e fraco. Sua enorme barriga indica capacidade de “ingerir” qualquer
experiência, representando também a abundância. Seus braços representam os
quatro atributos do corpo: mente, corpo, intelecto e consciência. Em sua mão
direita (acima) carrega uma machadinha, que decepa os apegos do mundo material;
na outra (abaixo), o sinal do OM, que abençoa com prosperidade e destemor; na mão
esquerda (acima), o laço significa a fertilidade, a própria natureza; na outra
(abaixo), gadu, um doce feito de grão-de-bico com açúcar granulado ou
doce-de-leite com arroz, que representa a satisfação e a plenitude do
conhecimento. O rato significa que devemos ser astutos e diligentes em nossas ações.
A serpente é o símbolo da energia física, guardiã dos segredos da Terra.
Assim, Ganesha é o Mestre do Conhecimento, da Inteligência e da Sapiência. É
aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o
grande Removedor dos obstáculos, Guardião da Riqueza, da Beleza, da Saúde, do
Sucesso, da Prosperidade, da Graça, da Compaixão, da Força e do Equilíbrio.
Shiva
Conhecido como MAHADEVA, o supremo dos deuses, um dos
três principais deuses do panteão hindu, SHIVA, é o deus da renovação. Às
vezes ele é visto como NATARAJA – o deus das artes e das danças, o dançarino
cósmico, bem como o senhor das artes marciais e o protetor dos animais. Numa de
suas mãos ele carrega um pequeno tambor que anuncia a criação e noutra, o
fogo da renovação. Sua mão estendida representa sua força superior, e o pé
levantado simboliza a liberação. Ele dança sobre um demônio que representa a
escuridão e o mal, estando assim, acima da ignorância e de todo mal, e em seu
braço direito há uma serpente demonstrando que SHIVA domina todas as riquezas
naturais. As lendas dizem que o rio Ganges nasce de sua cabeça. SHIVA é o
controlador de toda a ira e é conhecido por sua imensa benevolência e misericórdia,
concedendo-a a todos muito facilmente. Às vezes ele é encontrado num estado de
meditação, demonstrando que é o deus da Yoga.
SHIVA é o senhor de DURGA (PARVATI) – a deusa da natureza material – e é
transcendental a qualquer desejo ou ilusão material . Ele é o pai de Ganesha
– o deus da boa sorte e prosperidade.
De acordo com as escrituras Védicas, SHIVA é o símbolo máximo da potência
masculina. Em seu planeta, na montanha KAILASA, existem apenas entes femininos,
e quem quer que pise na terra dele, imediatamente se transforma em mulher.
SHIVA possui um terceiro olho que sempre permanece fechado, pois no momento em
que abri-lo, toda a criação será incinerada pelo calor abrasivo do fogo da
renovação. Dizem os orientais que SHIVA protege a casa dos seus seguidores de
todos os tipos de males.
O Terceiro
Olho,
fonte da percepção
“O
terceiro olho é o olho da superconsciência, a qual é percebida além do plano
comum de percepção”.
Um
símbolo indiano que freqüentemente embaraça muito o Ocidente é o terceiro
olho. Um número de deidades Hindus, em particular Shiva, o transformador cósmico
através da dança da destruição, e sua esposa Durga (ou Parvati, ou ainda
Uma) são portadores desta iconografia, possuindo um terceiro olho no centro de
suas testas. De fato, merecidamente este é um símbolo que representa a
capacidade humana da consciência, para ver além do óbvio perceptível, além
do exteriormente visível e tangível; para alcançar o interior da origem da
vida a qual é a fonte de energia divina e poder. Este símbolo também diz que
todos os seres humanos que usam seu poder de descriminação podem, no silencia
do seu ser interior, ver o santuário da verdade e da pureza. Apesar deste
significado profundamente metafísico o símbolo do terceiro olho de forma
equivocada é muitas vezes visto como sendo o poder da destruição.
Parvati(no primeiro plano)
Entre
todas as Devis (semideusas), associadas com Shiva, Parvati guarda a mais alta
eminência. De acordo com os aspectos da cosmologia védica, Parvati é uma
reencarnação de Sati Devi. Sati foi a filha do sábio Daksha, que não aprovou
a escolha de Shiva como marido dela. Daksha organizou em grande sacrifício de
fogo para todos os deuses, exceto para Shiva. Deste modo, Sati foi então
humilhada pelo tratamento do pai a Shiva, imolando-se a si mesma, dando início
a sinistra prática da esposa ir para a fogueira junto com o marido. Enfurecido,
Shiva, transformado num demônio gigante, e destruidor do sacrifício, cortou
fora a cabeça de Daksha, que caiu dentro do sacrifício de fogo. Arrependido de
sua ação, Shiva colocou na cabeça de Daksha a cabeça da cabra do sacrifício.
Sati reencarnou como Parvati, a filha do Himalaia, a montanha deusa.
Apaixonando-se por Shiva, ela praticou severas austeridades por muitos anos, e
finalmente ganhou a atenção de Shiva e casou-se. Shiva e Parvati possuem dois
filhos, Ganesha e Skanda.
Junto com Parvati, ou com uma ou outra encarnação como Kali ou Shakti, Shiva
simboliza a perfeita união e a reconciliação dos pares de opostos.
Brahma
Apesar
de Brahma ser um poderoso deus Hindu, o criador do mundo material, ele é
subestimado pelos cultos populares de Shiva, Vishnu e Devi. Os templos dedicados
ao Senhor Brahma são raros, e Ele é muito pouco adorado nos dias de hoje.
Parcialmente, isso se deve a natureza abstrata de suas características, como a
personificação da essência todo-penetrante do universo, Brahman.
Como dissemos, ele é o deus criador. Dele saíram
os Vedas bem como os primeiros seres humanos e os protetores como Prajapati.
Usualmente ele é mostrado como quatro cabeças, as quais cada uma ditou um dos
Vedas, que ele carrega em suas mãos. Muitas vezes o Senhor Brahma é retratado
como sendo um homem velho, com barbas brancas.
A divina consorte de Brahma é Saraswati, que algumas vezes é descrita como
sendo a sua filha, e ela está sentada por sobre um cisne.
Saraswati
Saraswati
é uma antiga deidade retratada nos Vedas. Ela está identificada como o rio que
leva o seu nome. Os estudiosos identificam o seu nome como sendo a responsável
pela tradição oral dos ensinamentos, e nos Vedas ela é retratada como a mais
importante deidade desta natureza.
Durante o período Purânico, Saraswati aparece como a consorte do Senhor
Brahma, sendo a deusa da música, do conhecimento e da poesia. Ela está por
sobre um cisne, e toca uma Vina (um instrumento de cordas indiano). Nas suas
outras mãos ela tem um Mala (rosário de contas) e os Vedas.
Hanuman
Hanuman é o fiel amigo de Rama, no Ramayana. Ele é
o general do exército dos macacos, que vieram no auxilio de Rama e Lakshmana na
Guerra contra o demônio Ravana, que seqüestrou Sita, a esposa de Rama. Durante
a batalha com Ravana. Lakshmana foi fulminado por armas envenenadas. Apenas um
antídoto de uma planta, que podia ser encontrada no monte Mahudaya poderia salvá-lo.
Hanuman viajou para buscar esta planta, mas não a conhecia, e, portanto, não
sabia qual pegar. Por isso, ele trouxe toda a montanha para próximo de
Lakshmana. Hanuman é um devoto perfeito. Ele é totalmente devotado ao Senhor
Rama, a tal ponto do nome de Rama estar escrito no seu coração.
Rama
Rama é a sétima encarnação de
Vishnu nesta era de Manu. Rama é o príncipe herói do famoso épico Hindu, O
Ramayana. As proezas de Rama, seu irmão Lakshmana, sua esposa Sita, e o seu
fiel amigo Hanuman são muito bem conhecidos, e suas histórias populares não
apenas da Índia, mas em outros locais onde o Hinduísmo se espalhou, e, mais
notadamente, em Bali. O Ramayana é recontado em revistas em quadrinhos, jogos,
filmes, e shows na televisão. Rama é o ideal da justiça.
KALI é a personificação da impiedosa fúria feminina e sempre deixa um rastro
de destruição por onde passa.Ela é chamada de KALI, pois tem o corpo negro,
seu rosto é vermelho e carrega uma espada invencível. Seu cabelo é longo e
totalmente desalinhado e pode ser vista nua, indicando sua liberdade e independência.Ela
tem olhos sedentos de sangue, uma boca com dentes grandes e afiados, mostrando
sua enorme língua. Ela tem um colar com 50 cabeças humanas decepadas,
representando as letras do alfabeto Sânscrito, seus brincos são corpos de
anjos, indicando que Ela está acima da luxúria. Ela tem cobras enroladas em
seus vários braços e no pescoço que são usadas como armas para matar suas vítimas.
Às vezes KALI é vista dançando em cima
de SHIVA como uma furiosa guerreira num campo de batalha matando seus adversários
e tomando-lhes o sangue. Dessa forma, demonstra a todos que até mesmo SHIVA é
sobrepujado por sua fúria. Seus braços estão fazendo diferentes MUDRAS - posições
que dizem para não ter medo, pois ela é a mais querida e doce Mãe. Como Deusa
da Morte, ela controla o poder do Tempo que tudo devora. Logo após as batalhas
Ela começa sua eufórica dança da vitória. Com esta dança todos os mundos
tremem sob o tremendo impacto de seus passos. Existe uma famosa história sobre
um rei santo que foi seqüestrado por um bando de ladrões para ser oferecido
num sacrifício de sangue num templo de KALI. No entanto, KALI surgiu furiosa de
dentro de uma de suas estátuas com sua hoste de fantasmas e demônios e pôde
perceber as enormes virtudes desse rei santo. KALI então matou o líder dos
ladrões e seu bando, provando que aqueles que têm boas qualidades são
protegidos por Ela. As escrituras Védicas contam que quando os guerreiros vão
para a luta costumam invocar o nome de KALI para o sucesso contra os inimigos
nas batalhas.
A deusa da fortuna, fonte de toda a
fartura, beleza e saúde neste universo. Ela é a esposa de Vishnu – o
sustentador do Universo, Lakshmi; é o principal símbolo da potência feminina,
e pode ser reconhecida por sua eterna juventude e formosura.Ela sempre pode ser
vista sentada sobre uma flor de lótus ou portando nas mãos flores de lótus, e
um cântaro que jorra moedas de ouro. As lendas dizem que ela surgiu de uma
colossal tarefa cósmica entre os principais líderes do bem e do mal, e quando
ela apareceu, todas as grandes personalidades presentes perderam a compostura,
devido a sua enorme refulgência atrativa e ofereceram tudo que tinham de melhor
para tentar conquista-la. No entanto, Lakshmi examinou minuciosamente cada um
deles e não pode encontrar nenhum naturalmente dotado com todas as boas
qualidades. Assim, como ninguém era internamente desprovido de imperfeições,
ela preferiu Vishnu como seu esposo, que está além da matéria, e, portanto
livre de defeitos.
Geralmente, atribui-se também a Lakshmi o
símbolo da Suástica, que representa vitória, sucesso, riqueza, beleza e
fartura.
Conhecido
também como TEJUS, SAVITA, E VIVASVAN, o Sol é tido como o olho de Deus, o rei
de todos, e o calculo do tempo eterno é feito a partir de seus movimentos. Ele
simboliza a vida e vivifica todos os seres com calor e luz ilimitados, controla
o dia, e no oriente os YOGUES praticam o SURYA NAMASKAR – o cumprimento ao
deus do sol – logo ao nascer dos primeiros raios solares. O JYOTIR VEDA – um
antigo tratado sobre astronomia – informa que o deus do Sol está numa
colossal carruagem puxada por sete magníficos cavalos que circundam a montanha
SUMERU, onde moram os principais deuses, e que seis meses por ano ele passa no
lado norte dessa montanha, seis meses do lado sul, fazendo assim as estações
de inverno e verão.Uma lenda conta que no início da criação existiu um rei
cujos poderes se equiparavam aos do Deus do Sol, e que esse rei, não satisfeito
com as mudanças climáticas das estações, decidiu iluminar o lado da montanha
onde o Deus do Sol não estava. Após essa fenomenal tarefa, o rei saiu de trás
do Sol, e dos sulcos formados pelas rodas de sua carruagem formaram-se os
diferentes sistemas planetários. No oriente dizem que todas as pessoas que amam
a vida devem adorar o Sol.
Swástika
– o símbolo do Deus Sol
“O Swástika é desenhado de várias maneiras. A mais comum é a representação primaveril do Sol, com seus braços em torno de um ângulo reto”.
Os
primeiros Aryanos olharam para o Sol como sendo a origem da energia da vida. De
fato, tudo o que vive na Terra deve-se à presença do Sol. Eles representaram o
Sol numa deidade dourada, chamada de Surya, o Deus Sol, que dirige uma carruagem
dourada com sete cavalos. Eles esculpiram, de modo primoroso, templos para venerá-lo.
Um símbolo especial para visualizá-lo, e que representa a energia do Sol, é o
Swástika. Os Hindus desenham a suástica em vermelho sobre documentos de negócios
e nas roupas da noiva para uma boa sorte. Eles também a desenham nos muros e
soleira da porta de suas casas para dar energia ao ambiente. Naturalmente ligada
com o brilho do ouro, a suástica é como um medalhão esperando uma corrente de
ouro – um talismã que protege da escuridão, desespero e perigo. Apalavra Swástika
significa “tudo-bem”. Na sua forma curta “swásti”, é comumente usada
em todos os sacramentos e cantos cerimoniais. A figura deste símbolo foi criada
a partir dos quatro pontos cardeais, nos quais as varinhas são colocadas para
dar início aos sacrifícios de fogo védicos. A suástica é um símbolo muito
antigo, que foi encontrado em civilizações como a grega, egípcia e chinesa.
Utilizado na adoração da serpente ele é visto no cabelo das representações.
O Auspicioso sinal do swástika é, no mais das vezes, dedicado para o Sol da
primavera.
Krishna
Krishna
é a forma mais popular dos adoradores de Vishnu,
sendo adorado pelos chamados Vaishnavas, na linha do Bhakti-Yoga. Seu nome
significa, entre tantos significados, “alguém escuro" (como a nuvem de
chuva), e "o todo atrativo", sendo usualmente retratado na Sua cor
azulada. Na realidade, suas origens datam dos tempos pré-védicos, sendo que na
Índia Ele é, além de Deus, um herói local que age em defesa dos bons e
devotos. Krishna é Purna Avatara, ou seja, um Avatara que tem todas as
qualidades possíveis de Vishnu.
As principais coleções de histórias que envolvem Krishna estão na Sua infância,
adolescência e idade adulta, retratadas no Srimad-Bhagavatam.Como vaqueiro, Sua dança
com as Gopis (vaqueirinhas), e Sua consorte Radha. Na época do Mahabharata Ele
aliou-se aos Pandavas. Ele deu instruções para o Seu primo Arjuna no Bhagavad
Gita, uma vez que este estava relutante em realizar as suas obrigações na
guerra. O amor que há entre Radha e Krishna é considerado o amor ideal entre
os devotos e Ele.
Nascimento
No sexto século antes da era Cristã, a religião
estava esquecida na Índia. Os grandes ensinamentos dos Vedas foram jogados no
chão. Havia muitos sacerdotes que trabalhavam por dinheiro em todo o lugar. Os
sacerdotes insinceros aproveitavam-se da religião para lucro próprio. Eles
enganavam as pessoas numa grande variedade de métodos e acumulavam riquezas
para si próprios. Eles eram totalmente irreligiosos. Em nome da religião, as
pessoas seguiam os passos destes sacerdotes cruéis e realizavam rituais sem
significado. Eles matavam estupidamente animais inocentes e faziam vários
sacrifícios. O país necessitava de uma reforma desta horrenda conduta que
seria protagonizada por Buddha. Neste período crítico, quando havia muita
crueldade, degeneração e injustiças em todo o lugar, a reforma de Buddha
surgiu para colocar abaixo estes maus sacerdotes e acabar com o sacrifício de
animais, bem como para salvar as pessoas desta situação, e disseminar a
mensagem de igualdade, unidade e amor cósmico em todo o lugar.
O pai de Buddha foi Suddhodana, o rei de Sakhyas. A mãe de Buddha chamava-se
Maya. Buddha nasceu por volta de 560 a.C., e morreu por volta de oitenta anos,
em 480 a.C. O local de nascimento foi um bosque conhecido como Lumbini, próxima
a cidade de Kapilavasty, aos pés do monte Palpa, na cadeia de montanhas do
Himalaia, divisa com o Nepal. Esta pequena cidade, Kapilavasty, fica às margens
do rio Rohini, algumas centenas de milhas ao nordeste da cidade de Varnasi. Ao
aproximar-se da noite em que Buddha viria ao mundo, os deuses, em si mesmos,
prepararam o caminho com presságios celestes e sinais. Flores nasceram e uma
doce chuva, embora fora da estação, caiu gentilmente; música celestial foi
escutada, e um delicioso perfume encheu o ar. O corpo da criança veio à luz
com trinta e duas marcas auspiciosas (Mahavyanjana), as quais indicavam o Seu
grande futuro, além de marcas secundárias (Anuvyanjana), em grande número.
Maya morreu sete dias depois de seu filho nascer. A criança foi criada pela irmã
de Maya, Mahaprajapati, que se tornou a Sua mãe adotiva.
Predições de um Astrólogo
No
nascimento da criança Siddhartha, os astrólogos predisseram ao seu pai,
Suddhodana, o seguinte: “A criança, ao chegar na idade adulta se tornará um
monarca universal (Chakravarti), abandonando a casa e o lar, irá assumir a túnica
de um monge e se tornará um Buddha, uma perfeita alma iluminada, para a salvação
da humanidade”. Então, o rei disse: “Por que deverá meu filho preocupar-se
em se retirar do mundo?”, no que o astrólogo replicou: “Quatro
sinais!.”Quais são estes quatro?”, perguntou o rei. “Um decrépito homem
velho; um homem doente; um homem morto e um monge. Estes quatro irão fazer o príncipe
retirar-se do mundo”, respondeu o astrólogo.
Ensinamentos de Buddha
O
Senhor Buddha pregou: “Nós devemos descobrir a causa do sofrimento e o meio
de escapar dele”. O desejo por prazeres sexuais prende à vida terrestre, e é
causa de sofrimento. E se nós pudermos erradicar este desejo, todo o
sofrimento, e dor, irão ter um fim, então nós iremos nos regozijar no Nirvana
ou paz eterna. Aqueles que seguem estritamente o Nobre Caminho das Oito Regras
estritamente, a saber: reta opinião, reta resolução, reto falar, reta
conduta, reto trabalho, reto esforço, reto pensamento e reta autoconcentração,
ficarão livre do sofrimento. Isto realmente é, Ó mendicante, o Caminho do
Meio, no qual o Tathagata é perfeitamente compreendido, o qual produz a
percepção, a qual produz conhecimento, e o qual conduz para a calma e
serenidade, para o conhecimento sobrenatural, a perfeita veste de Buddha, e
conduz ao Nirvana. Novamente, Ó mendicante, assim é a nobre verdade do
sofrimento: Nascimento é dor; velhice é dor; doença é dor; separação dos
objetos amados é dor; o desejo, o qual não se alcança, isto, também, é dor
– em resumo, os cinco elementos do apego a existência são dor. Os cinco
elementos do apego a existência terrestre são: a forma, a sensação, a
percepção, os agregados e a consciência.
Jesus
Nascimento
Jesus nasceu um judeu Palestino. Ele nasceu filho de Maria e José em
Belém, pela imaculada concepção. Ele foi dócil e humilde. Ele permaneceu
como uma criança inocente por toda a Sua vida. Ele era tolerante, afável e
misericordioso. Ele era um Yogi do Oriente, apesar d´Ele pregar na Palestina.
Jesus recebia com prazer, e abraçava os pecadores; as pessoas desprezadas, e as
prostitutas eram purificadas por Ele. Ele confortava-as, e lhes dava consolo e
paz. Ele levantava os caídos. Ele trazia alívio e descanso para os que tinham
o coração partido.
Jesus disse: “A menos que vós vos torneis como uma pequena criança, não
tereis meio de entrar no Reino de Deus”. Para Jesus, Deus era o Pai
amado. Jesus é a torre de vigia do amor por Deus e pelos outros.
“Tenha fé em Deus. O Senhor é nosso Deus. Vós deveis amar o Senhor com todo
o vosso coração, e com toda vossa alma, e com toda vossa mente, e com toda
vossa força. Vós deveis amar vosso próximo como a vós mesmos. O amor por
Deus manifesta-se pelo amor pelos homens”. Este é o
ensinamento central de Jesus.
Jesus foi um mestre mundial, um profeta e Messias. Seu Sermão da Montanha não
é nada mais do que a prática de Sadachara ou reta conduta. Isto
corresponde à prática de Yama-Niyama ou Raja-Yoga, a oitava
dobra (regra) do caminho do Senhor Buddha. Isto é maravilhoso, inspirando e
comovendo a alma.
Propósitos
A mensagem de Cristo é sempre esta: “Amai ao próximo como a
ti mesmo!”. Ele disse: “O Reino dos Céus está dentro de
ti. Seja feita a Sua vontade, assim na Terra como no céu. Não seja impaciente.
Procurais primeiro, pelo Seu reino. Tudo será dado para vós”. Ele
foi o caminho, a verdade, e a luz, para todos os homens que o seguiam. Jesus
Cristo enfatizava o amor por Deus, e amor pelas outras pessoas, e a necessidade
de arrependimento ou a mudança, para entrar no Reino de Deus. Ele instruiu as
pessoas para alimentarem os famintos, e vestirem os despidos. Ele disse que um
coração contrito era necessário para receber o perdão de Deus.
“O reino de Deus está dentro de vós. Pedi e lhes será dado. Batei, e
a porta lhes será aberta para vós”. Estes são os
fundamentos nos quais a ética de Jesus foi construída.
Jesus recomendou a oração, como um meio de alcançar o reino dos céus. Ele
disse: “Se alguém, então, mesmo sendo mal, sabe como dar bons
presentes para seus filhos, quanto mais presentes der para seus filhos, muito
mais coisas boas seu Pai que está nos céus dará àqueles quem lhe pedirem”.
Jesus
Cristo foi crucificado, e, mesmo assim, Ele viveu novamente. Ele teve o Seu nome
imortalizado. Ninguém pode silenciar a Sua voz. Sua voz está sendo falada
através dos séculos. Jesus disse: “A ida para o reino dos céus dá-se
pela venda de tudo que vós possuirdes, e distribuindo aos pobres”.
Os homens não têm se juntado a Sua mensagem, mas a Sua voz não foi
silenciada. Jesus foi um Yogi perfeito. Ele realizou muitos milagres. Ele fez
parar a fúria do Oceano. Ele deu a visão para pessoas cegas. Ele curou os
leprosos, pelo simples toque. Ele alimentou uma enorme multidão com um pequeno
pedaço de pão.
Kuan
Yin
Kuan Shih Yin Tzu Tsai, significa 'a
soberana que se preocupa com os sons do mundo'. De acordo com a lenda, ela parou
no umbral do céu para ouvir os clamores do mundo. Kuan Yin já era adorada na
China antes do advento do Budismo, passando a ser adotada pelos budistas como
uma encarnação de Avalokitesvara (Padmapani), cuja intercessão tem sido
invocada ao longo dos séculos por devotos que entoam as seis sílabas místicas
'OM MANI PADME HUM'. No Ocidente acabou por se tornar conhecida
como a Deusa da Misericórdia.
Segundo a tradição, Kuan Yin teria
encarnado como a terceira filha de Miao Chuang Wang, identificado como sendo da
dinastia Chou, governante de um reino do norte da China, por volta do ano 696
A.C.. De acordo com a lenda, ela se determinara a seguir uma vida religiosa,
tendo se recusado a casar, apesar das ordens do seu pai, e das súplicas dos
seus amigos. Entretanto, foi-lhe finalmente permitido ingressar no Convento de
Freiras do Pássaro Branco, em Lungshu Hsien. Aí, por ordens do seu pai, foi
submetida às mais árduas tarefas, que de forma alguma enfraqueceram o seu
zeloso amor por Deus.
Enraivecido pela sua devoção, Miao
Chuang Wang (seu pai), ordenou que fosse executada, mas quando a espada a tocou
partiu-se em mil pedaços. Seu pai então ordenou que fosse asfixiada, mas
quando a sua alma deixou o seu corpo, e desceu até o inferno, transformou-o num
paraíso. Transportada numa flor-de-lótus até a Ilha de P'ootoo, próxima a
Nimpo, aí viveu durante nove anos, curando os enfermos, e salvando marinheiros
do naufrágio. Certa vez, quando soube que seu pai estava muito doente, cortou
um pedaço da carne dos seus braços, e usou-a como um remédio que lhe salvou a
vida. Em gratidão, ele ordenou que uma estátua fosse erigida em sua honra,
comissionando ao artista que a representasse com 'olhos e braços completamente
formados'. Entretanto, o artista compreendeu mal, e até hoje Kuan Yin algumas
vezes aparece representada com 'mil braços e mil olhos', sendo capaz, dessa
forma, de olhar e cuidar de todo o seu povo.
Kuan Yin fez o voto do bodhisattva, de
trabalhar junto às evoluções deste planeta e deste sistema solar para lhes
mostrar o caminho dos Ensinamentos dos Mestres Ascensos. Foi a antecessora de Saint
Germaim como Chohan do Sétimo Raio, cujo cargo ocupou durante dois mil
anos, e serve como a representante do sétimo raio no Conselho do Carma. Kuan
Yin é a hierarca do Templo da Misericórdia, situado no plano etéreo sobre a
cidade de Pequim, na China, desde onde focaliza a chama da misericórdia e do
perdão para os filhos da antiga terra de Chin, e as almas da humanidade.
A chama trina
(chama da misericórdia) é o meio pelo qual o Cristo intercede em prol daqueles
que não conseguem suportar o impacto total do seu próprio retorno de carma,
requerendo, desta forma, um intermediário que se interponha entre a sua criação
humana e a Grande Lei.
Num ditado comunicado por intermédio de
Elizabeth Clare Prophet, no dia 10 de Abril de 1974, Kuan Yin descreveu a ação
da chama da misericórdia que ela personifica: 'Supliquei por muitos de vós
diante dos Senhores do Carma, para que tivésseis uma oportunidade de
reencarnar, de nascer perfeitos, sem o grande carma de ser aleijado ou cego de
nascimento, que alguns de vós merecíeis. Intercedi com a chama da misericórdia
a vosso favor, de forma que pudésseis buscar, na liberdade de uma mente e de um
corpo sadios, a Luz da lei... A ação do perdão representa a colocação do
carma de lado, a diminuição do carma por um período de tempo, para dar à
pessoa a oportunidade de encontrar a Deus, de encontrar ao Espírito Santo, de
abraçar o Cristo como o Salvador'.
É assim que kuan Yin ensina a
humanidade não-ascensa a invocar a lei do perdão, e explica que quando o indivíduo
alcança uma certa mestria na Senda, então a lei da misericórdia lhe faz
retornar o 'pecado' que fora colocado de lado, de forma que o indivíduo possa
experimentar a alegria de equilibrar cada justa e til da energia
mal-qualificada, cumprindo, portanto, a lei do seu próprio ser.
Kuan yin - A Salvadora Compassiva
Kuan Yin é a Salvadora Compassiva do
Leste. Por todo o Oriente altares dedicados a esta Mãe da Misericórdia podem
ser achados em templos, casas e grutas nos caminhos. Orações à Presença dela
e à sua Chama estão incessantemente nos lábios dos devotos à medida que
buscam orientação e socorro em todas as áreas da vida.
Muito presente na cultura oriental, Kuan
Yin tem despertado interesse em seu caminho e ensinamento entre um número
crescente de devotos ocidentais, que reconhecem a poderosa presença da
"Deusa da Misericórdia", junto com a da Virgem Maria, como
iluminadora e intercessora da Sétima Era de Aquário.
A longa história de devoção a Kuan
Yin mostra-nos o caráter e o exemplo desta Portadora de Luz que não somente
dedicou sua vida a seus amigos mas sempre assumiu o papel de intercessora e
redentora. Durante séculos, Kuan Yin simbolizou o grande ideal do Budismo
Mahayana em seu papel de bodhisattva (chinês p'u-sa), literalmente, "um
ser de bodhi, ou iluminação", destinado a se tomar um Buda, mas que
renunciou ao êxtase do nirvana, como um voto para salvar todas as crianças de
Deus.
O nome Kuan Shih Yin, como é freqüentemente
chamada, significa literalmente "aquela que considera, vigia e ouve as
lamentações do mundo". Segundo a lenda, Kuan Yin estava para entrar no céu,
porém parou no limiar ao ouvir os gritos do mundo.
Existe ainda muito debate acadêmico
relativo à origem da devoção à bodhisattva feminina Kuan Yin. Ela é
considerada a forma feminina de Avalokitesvara, bodhisattva da misericórdia do
Budismo indiano, cuja adoração foi introduzida na China no terceiro século.
Estudiosos acreditam que o monge budista e tradutor Kumarajiva foi
o primeiro a se referir à forma feminina de Kuan Yin, em sua tradução chinesa
do Sutra do Lótus, em 406 A.C. Dos trinta e três aparecimentos do bodhisattva
mencionados em sua tradução, sete são femininos. (Devotos chineses e budistas
japoneses desde então associaram o número trinta e três a Kuan Yin).
Embora Kuan Yin tenha sido retratada
como um homem até o século X, com a introdução do Budismo Tântrico na China
no século oitavo, durante a dinastia T'ang, a imagem da celestial bodhisattva
como uma bela deusa vestida de branco era predominante e o culto devocional a
ela tornou-se crescentemente popular. No século nono havia uma estátua de Kuan
Yin em cada monastério budista da China.
Apesar da controvérsia acerca das
origens de Kuan Yin como um ser feminino, a representação de um bodhisattva,
ora como deus, ora como deusa, não é inconsistente com a doutrina budista. As
escrituras explicam que um bodhisattva tem o poder de encarnar em qualquer forma
- macho, fêmea, criança e até animal - dependendo da espécie de ser que ele
procura salvar. Como relata o Sutra do Lótus, a bodhisattva Kuan Shih Yin,
"pelo recurso de uma variedade de formas, viaja pelo mundo, conclamando os
seres à salvação".
Pela lenda do século XII , do santo
budista Miao Shan, a princesa chinesa que viveu em aproximadamente 700 a.C. e
que largamente se acredita tenha sido Kuan Yin, reforça a imagem da bodhisattva
feminina. Durante o século XII monges budistas estabeleceram-se em P'u-t'o Shan
- a ilha-montanha sagrada no Arquipélago de Chusan, ao largo da costa de
Chekiang onde se acredita tenha Miao Shan vivido por nove anos, curando e
salvando marinheiros de naufrágios -, e a devoção a Kuan Yin espalhou-se ao
longo do norte da China.
Essa ilha pitoresca tornou-se o centro
principal de adoração à Salvadora misericordiosa; multidões de peregrinos
viajavam dos mais remotos cantos da China e até mesmo da Manchúria, Mongólia
e Tibet para assistir ali às cerimônias religiosas. Houve época em que havia
mais de cem templos na ilha e mais de mil monges. As tradições narram inúmeras
aparições e milagres de Kuan Yin na ilha, sendo relatado que ela aparecia aos
fiéis em uma certa gruta local.
Na seita "Terra Pura" do Budismo, Kuan Yin faz parte de
uma tríade governante que é representada freqüentemente em templos e é um
tema popular na arte budista. Nessas pinturas o Buda da Luz Ilimitada - Amitabha
(chinês A-mi-t'o Fo e japonês Amida) está no centro; à sua direita está o
Bodhisattva da força ou poder, Mahasthamaprapta ,e à sua esquerda está Kuan
Yin, personificando a misericórdia infinita.
Na teologia budista, Kuan Yin é às
vezes representada como comandante do "barco da salvação", guiando
almas ao paraíso oriental de Amitabha ou Terra Pura - a terra do êxtase onde
almas podem renascer para receber instruções continuas no sentido de alcançar
a iluminação e a perfeição. A jornada à Terra Pura é freqüentemente
representada em xilogravuras mostrando barcos cheios de seguidores de Amitabha,
sob o comando de Kuan Yin. Amitabha, uma figura muito amada por budistas que
desejam renascer em seu paraíso oriental e libertar-se da "roda do
renascimento", é tido, num sentido espiritual ou místico, como o pai de
Kuan Yin. Lendas da escola Mahayana relatam que Avalokitesvara nasceu de um raio
de luz branca emitido pelo olho direito de Amitabha, quando mergulhado em êxtase.
Assim, Avalokitesvara, ou Kuan Yin, é
considerada como o "reflexo" de Amitabha - uma encarnação posterior
de "maha karuna" (grande misericórdia), a qualidade que Amitabha
personifica em seu mais elevado sentido. Muitas figuras de Kuan Yin podem ser
identificadas pela presença de uma pequena imagem de Amitabha em sua coroa.
Acredita-se que a misericordiosa
redentora Kuan Yin expressa a compaixão de Amitabha de uma forma mais direta e
pessoal, e que as preces a ela dirigidas são atendidas mais rapidamente
A iconografia de Kuan Yin a descreve de
muitas formas, cada uma revelando um aspecto único de sua misericordiosa presença.
Como a sublime Deusa da Misericórdia, cuja beleza, graça e compaixão vieram a
representar o ideal de feminilidade do Oriente, ela é retratada freqüentemente
como uma mulher esbelta em um esvoaçante manto branco, carregando em sua mão
esquerda um lótus branco, símbolo de pureza. Está enfeitada com ornamentos
simbolizando suas realizações como bodhisattva, ou é mostrada sem ornamentos,
como um sinal de sua grande virtude. A figura de Kuan Yin é retratada freqüentemente
como "doadora de crianças" que são encontradas em casas e templos.
Um grande véu branco cobre sua forma inteira e ela pode estar sentada em um lótus.
Freqüentemente ela é representada com uma criança em seus braços, próxima a
seus pés, ou sobre seus joelhos, ou, ainda, com várias crianças ao seu redor.
Neste papel, a ela se referem como
"a honrada de branco vestida". Às vezes estão à sua direita e à
sua esquerda dois auxiliares, Shan-ts'ai Tung-tsi, o "homem jovem de
capacidades excelentes", e Lung-wang Nu, a “filha do Dragão-rei”.
Kuan Yin
sobre o Dragão
Kuan Yin também é conhecida como a bodhisattva protetora de
P'u-t'o Shan, senhora do Mar do Sul e protetora dos pescadores. Como tal, ela é
mostrada cruzando o mar sentada ou em pé sobre um lótus ou com seus pés na
cabeça de um dragão.
Como Avalokitesvara, ela também é
descrita com mil braços e números variados de olhos, mãos e cabeças, às
vezes com um olho na palma de cada mão, e é chamada "bodhisattva de mil
braços, de mil olhos". Nessa forma ela representa a mãe onipresente,
olhando simultaneamente em todas as direções, sentindo as aflições da
humanidade e estendendo seus muitos braços para as aliviar com expressões
infinitas de sua misericórdia.
Os símbolos característicos associados
a Kuan Yin são um galho de salgueiro, com o qual ela esparge o néctar divino
da vida; um vaso precioso, simbolizando o néctar da compaixão e da sabedoria,
traços do bodhisattva; uma pomba representando a fecundidade; um livro ou um
pergaminho de orações que ela segura em sua mão, simbolizando o dharma
(ensinamentos) do Buda ou o sutra (texto budista) o qual Miao Shan, dizia-se,
recitava constantemente; e um rosário adornando seu pescoço, através do qual
ela clamava aos Budas por socorro.
Imagens de Avalokitesvara freqüentemente
mostram-na segurando um rosário; descrições de seu nascimento afirmam ter ela
nascido com um rosário cristalino branco em sua mão direita e uma flor branca
de lótus na esquerda.
É ensinado que as contas do rosário
representam todos os seres vivos e o manuseio delas simboliza que Avalokitesvara
os está conduzindo para fora de seu estado de miséria e da roda de repetidos
renascimentos para o nirvana.
Hoje Kuan Yin é reverenciada por taoístas
e também pelos budistas Mahayana - especialmente em Taiwan, Japão e Coréia, e
novamente em sua pátria, a China, onde a prática do Budismo havia sido
suprimida durante a Revolução Cultural comunista (1966-69). Ela é a protetora
das mulheres, dos marinheiros, dos comerciantes, dos artesãos e daqueles que se
encontram sob perseguição criminal, e é invocada particularmente por aqueles
que desejam progênie. Amada como a figura da Mãe e mediadora divina que está
muito próxima dos negócios diários de seus devotos, o papel de Kuan Yin como
madona budista tem sido comparado ao de Maria, a mãe de Jesus, no Ocidente.
Há uma confiança implícita na graça salvadora e poderes
curadores de Kuan Yin. Muitos acreditam que até mesmo a mera invocação de seu
nome a traz imediatamente ao lugar do chamado. Um dos mais famosos textos
associados à bodhisattva, o antigo Sutra do Lótus, cujo vigésimo quinto
capitulo, dedicado a Kuan Yin, e conhecido como o "Sutra de Kuan Yin"
descreve treze casos de desastres iminentes - de naufrágios a incêndios, prisões,
ladrões, demônios, venenos fatais e aflições cármicas - nas quais o devoto
é salvo quando se entrega ao poder de Kuan Yin. O texto é recitado muitas
vezes, diariamente, por aqueles que desejam receber os benefícios prometidos.
Os devotos invocam o poder e a misericordiosa intercessão da Bodhisattva com o
mantra OM MAM PADME HUM - "salve a jóia no lótus", ou, como
também tem sido traduzido, "salve Avalokitesvara, que é a jóia no coração
do lótus no coração dos devotos".
Através do Tibet e Ladakh, budistas têm
inscrito OM MANI PADME HUM em pedras lisas de oração, chamadas
"pedras mani", como ofertas votivas a Avalokitesvara. Milhares dessas
pedras têm sido usadas para construir muretas-mani que ladeiam as estradas que
dão ingresso a aldeias e monastérios.
Acredita-se que Kuan Yin freqüentemente
aparece no céu ou nas ondas para salvar aqueles que a invocam quando em perigo.
Histórias pessoais podem ser ouvidas em Taiwan, por exemplo, de pessoas que a
viram durante a Segunda Guerra Mundial aparecendo no céu como uma jovem,
agarrando as bombas e cobrindo-as com as suas vestes brancas para que não
explodissem.
Assim, altares dedicados à Deusa da
Misericórdia são encontrados em todos os lugares - lojas, restaurantes, até
mesmo em pára-lamas ou painéis de carros. Nas casas ela é venerada com o
tradicional "pai pai", um ritual de oração que usa incenso, e também
com o uso de quadros de oração - folhas de papel com fotos de Kuan Yin, flores
de lótus ou pagodes e guarnecidas com centenas de pequenos círculos. Com cada
série de orações recitadas ou sutras lidos, em uma novena para um parente,
amigo, ou em causa própria, outro círculo é completado. O quadro tem sido
descrito como um "Navio de Salvação" por meio do qual almas que
partiram são salvas dos perigos do inferno e aquelas sinceras são
transportadas com segurança ao céu de Amitabha. Juntamente com os cultos
elaborados com litanias e orações, a devoção a Kuan Yin está expressa na
literatura popular em poemas e hinos de louvor.
Os seguidores devotos de Kuan Yin podem
freqüentar templos locais e podem fazer peregrinações a templos maiores em
ocasiões importantes ou quando sofrem com um problema especial. Os três
festivais anuais realizados em sua honra acontecem no dia dezenove do segundo mês
(celebrado como o seu aniversário), do sexto mês, e do nono mês do calendário
lunar chinês.
Na tradição da Grande Fraternidade
Branca Kuan Yin é conhecida como a Mestra Ascensa que carrega a função e o título
de "Deusa da Misericórdia" porque ela personifica as qualidades
divinas da lei da misericórdia, compaixão e perdão. Ela passou por numerosas
encarnações antes de sua ascensão há milhares de anos e aceitou o voto de
bodhisattva para ensinar aos filhos de Deus não ascensos como equilibrar seus
carmas e cumprir seus planos divinos com serviço amoroso à vida e a aplicação
da chama violeta pela ciência da Palavra falada.
Kuan Yin é originária do planeta Vênus
e chegou à Terra juntamente com a comitiva de Sanat Kumara há 16 milhões de
anos, quando este tomava posse como Senhor do Mundo, na regência da Terra. Como
Mestra de Saint Germain , ela o acompanhou e inspirou em suas inúmeras missões
na Terra, com a intenção de ajudar a humanidade em sua elevação.
Kuan Yin precedeu o Mestre Ascenso Saint
Germain como Chohan (Senhor) do Sétimo Raio de Liberdade, Transmutação,
Misericórdia e Justiça e ela é uma de sete Mestres Ascensos que atuam no
Conselho do Carma, um conselho de justiça que medeia o karma das evoluções de
terra - dispensando oportunidade, misericórdia e os verdadeiros e íntegros
julgamentos de Deus a cada corrente de vida na Terra. Ela é a hierarca do
Templo etéreo da Misericórdia situado sobre Pequim, na China onde ela mantém
o foco de luz da Mãe Divina em favor dos filhos da antiga terra da China, as
almas de humanidade, e os filhos e filhas de Deus.
(*) Leon Hurvitz, trans., "Scripture of the Lotus Blossom of the
Fine Dharma (The Lotus Sutra) New York: Columbia University Press, 1976).
Mensagem Canalizada de kuan Yin
KUAN YIN - Focalizando Alegria para a Terra
Saudações meus amigos. Eu sou, agora,
membro da sua Hierarquia Espiritual mas passei muitas vidas na Terra. Durante
minha última vida na Terra realizei muitas ações bondosas. Fui muito lembrada
por isso e fiquei conhecida por muito tempo como a Deusa da Misericórdia. Ainda
estou procurando promover essa qualidade e ajudando a trazê-la para a Terra.
Também estou expandindo minhas energias, agora, a fim de incluir o uso de todas
as qualidades do coração na Terra, especialmente para ensinar a Terra como se
tornar mais receptiva a essas qualidades.
Como urna parte da Terra física, vocês
têm a vantagem de serem capazes de aprender nela. Quando abrirem seu coração
para a bondade, para o amor, para a alegria, para a paz e para a integridade,
vocês permitirão que a Terra e a humanidade expressem tais qualidades com vocês
e também permitirão a si mesmos recebê-las. Assim vocês se tornam um canal
para essas qualidades
Vocês não precisam sentir que são particularmente dotados no uso
de tais, qualidades, mas posso assegurar-lhes que, se vocês se permitirem ser
receptivos a elas e, permitirem que os instrutores e a Terra fluam essas
qualidades através de vocês dessa maneira, elas irão se transformar em forças,
pois são uma parte daquilo que vocês já são. Elas fazem parte daquela
Divindade no interior de vocês, que é perfeita e já sabe como utilizar o
fluxo ideal que vem do Próprio Criador.
De inicio, o uso dessas qualidades pode
parecer difícil, porque aparentemente a Terra não as recebe. Essa é uma das
coisas nas quais estou trabalhando. Eu estou ajudando a impregnar a Terra com
tais energias, de modo que ela as possa receber com mais facilidade. A chave
consiste em saber que essas energias estão à disposição de vocês, e que
elas podem ser uma parte de vocês, que podem aprender a expressá-las.
A experiência da Terra é uma escola,
um campo de treinamento, no uso de suas habilidades como co-criadores. Serem
receptivos a essas qualidades da Fonte faz parte do aprendizado pelo qual vocês
estão passando na Terra.
Não se espera que vocês façam isso
direito na primeira vez. O que realmente esperamos e que vocês continuem a
tentar realizar o melhor de suas habilidades, a expressar essas qualidades que
estão enterradas em vocês mesmos. Pedimos, simplesmente, que vocês se treinem
no usa delas. Com continuidade da prática virá a perfeição.
Vai chegar um momento em que vocês poderão ser canais perfeitos
para o amor, a alegria, a paz, a compreensão, a clareza e a verdade que está
disponível para vocês vindas da Fonte que esta dentro de vocês. Quando vocês
aprenderem a ser a fonte dessas qualidades Divinas, vocês as irradiarão para
os outros com muito mais intensidade do que irradiariam se não tivessem
aprendido. Vocês irão se tornar exemplos para os outros seguirem, exatamente
como fez o Mestre Jesus, quando permitiu que o Cristo trabalhasse através Dele.
Vocês irão se tornar uma parte da Terra que aprendeu a se expressar dessa
maneira, como Ele se expressava. Assim, cada passo que vocês dêem, cada avanço
que fizerem será uma vitória para a Terra e um passo além para o crescimento
dela. Todos vocês estão buscando seu propósito espiritual na Terra. Eu
sugeriria que seu propósito comum é ajudar a Terra a aprender a expressar
essas qualidades Divinas da Fonte.
Eu agradeço muito por esta oportunidade
de falar com vocês a respeito do que estou realizando. Realmente gostaria de
trabalhar com muitos de vocês e de compartilhar aquilo que aprendi quanto ao
uso dessas qualidades Divinas do coração aqui na Terra.
Meu amor para vocês,
Kuan
Yin